Um dia quando eu era pequena estava eu, minha irmã e minhas primas brincando de cartas naquelas mesinhas de concreto que tem em praças, depois de um certo tempo uma carta acabou caindo de baixo da mesa e fui pegar, só que a criança burra esqueceu e levantou direto e eu bati direto com a cabeça na mesa, só que não liguei muito e fiquei sentadinha na cadeira que tinha lá, tempo depois minha irmã falou que minha cabeça tava sangrando, achei que ela estava zoando com a minha cara, mas depois eu passei a mão e ela estava toda ensanguentada.
Minha mãe veio me socorrer achando que eu iria morrer, e ela me colocou em uma bancada de um lugar aleatório que ela achou e foi fazer algo, dai juntou uma galera querendo saber o que tava acontecendo, ai uma mulher super parecida com a minha mãe chegou, por isso eu pensei que era ela e como nota de despedida eu disse "eu te amo" porque eu pensei que eu iria morrer naquela hora.
Horas depois eu me recuperei e era literalmente um corte minúsculo. Alguns anos depois eu fui na casa da minha tia e coincidentemente a mulher que eu tinha dito "eu te amo" passou do meu lado e ela estava acompanhada de outra mulher, eu fiquei com aquele sentimento de "acho que já te vi antes" mas não me importei muito, mas ai eu ouço ela falando baixinho pra mulher que estava do lado dela "não é aquela menina doida que tava com a cabeça sangrando aquele dia?" Fiquei super constrangida na hora porque eu nunca disse um "eu te amo" tão sincero pra no final ser uma pessoa aleatória.
Uma vez eu tava correndo pra pegar um ônibus e tropecei. Mergulhei no chão, levantei continuei correndo e a central de ônibus cheiaaaa de universitário, e consegui pegar e tive ataque de riso dentro do ônibus sózinha
Eu tinha que fazer um exame admissional e era de coleta, aí chegou no dia e eu não conseguia cagar. Pensei em fazer a coleta na clínica, mas a moça quase nem deixa eu ir ao banheiro, dizendo que eles podiam ser multados por isso, mas eu consegui que me deixasse ir. O caso é que não adiantou de nada, pq eu não consegui fazer nada. A moça falou que a coleta podia ser entregue em qualquer hora do dia, meio que me dizendo pra eu ir andar, procurando um banheiro pra fazer a coleta e voltar lá mais tarde, já que eu moro em outra cidade e seria muito cansativo ter que voltar outro dia, fazendo o mesmo trajeto de trem até lá. Dito isso, lá estávamos eu e minha mãe, andando pela paulista, procurando um banheiro, sem conseguir achar nenhum, mas pensando que antes de achar o banheiro, devia estar com vontade de cagar, e como eu não estava, tivemos a brilhante ideia de passar na farmácia e comprar um laxante. Então depois de ter tomado a quantidade que a moça da farmácia recomendou, ficamos andando, pra ver se vinha a vontade e nada da danada dar as caras. Até que achamos um posto de gasolina, e perguntamos pra moça da conveniência se eu podia usar o banheiro, e meio receosa, ela perguntou, " Vai demorar?" Pq eles não gostam muito que a gente deixe usar o banheiro, então tem que ser rápido". Eu, muito descarada, fazendo de tudo pra me livrar daquela situação de uma vez por todas, menti e disse, "Não. Vai ser rápido." Então ela mandou eu pegar a chave no balcão e quando entrei no banheiro, continuei na mesma, me espremendo como se estivesse parindo uma criança. Enfim, meus esforços foram inúteis, e eu não consegui. Minha mãe viu minha cara de desanimada e disse que ia tentar, como meu pai havia sugerido. Kkkk, quando ela saiu sorrindo do banheiro falando que tinha conseguido, eu quase morro de felicidade.
Ah, mas nossas dificuldades não tinham acabado, pq passamos o maior perrengue tentando voltar pra clínica, sem saber como andar naquele bairro cheio de ruas parecidas.