Não.
Eu não sou a favor de nenhuma pena baseada em vingança. A pena não deve ter por objetivo causar dor àquele ser humano, deve ter por objetivo garantir que ele próprio e outras pessoas se sintam intimidados em cometer aquele crime, protegendo a sociedade. Tudo o que for necessário para inibir que as pessoas cometam aquele crime vale (inclusive causar dor), mas nada além disso. Não há porque se exceder, não devemos nos igualar.
Há pesquisas que avaliam até onde uma pena obtém inibição social daquele crime. A partir de um determinado ponto não há mais inibição, então não vale a pena ir além disso.
Sou a favor das prisões regenerativas, não das prisões que tornam os presos ainda mais cruéis e impiedosos. Nas prisões modelos, em que os detentos não ficam aglomerados e possuem trabalhos e dignidade, a taxa de ressocialização (sem retorno ao crime) é acima de 60%, alcançando até mesmo 90% em algumas delas. Isso inclui crimes como homicídio. Nas prisões normais, este índice de ressocialização é de cerca de 10%. Claramente estamos criando pessoas cada vez mais perigosas nessas prisões.
Minha opinião é que o tráfico de drogas não mais deveria ser crime hediondo, e que aqueles que praticaram crimes hediondos (tortura, estupro) deveriam ir para prisões convencionais, enquanto os demais deveriam ir para prisões modelo. As chances de regeneração seriam altíssimas.
Dito tudo isso, eu sou a favor da pena de morte em casos muito específicos, como psicopatas que não têm possibilidade de regeneração. Se for constatado que aquela pessoa não se arrepende e que voltará a cometer o crime assim que voltar à liberdade, então, infelizmente, será necessário eliminar a possibilidade de ela cometer o crime. É a mesma premissa da castração química. Prevenir a ocorrência do crime é preferencial.