anônima
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01/08/2016 16h50
De dentro de mim saiu uma coisinha. Pequena, gordinha, comendo as mãos, com polidactilia, um olho verde de doer, com ela veio também à depressão.
Depressão pós-parto. DPP, DPP, DPP, DPP, DPP.
Eu olhava pra ela e cantava, olhava e tentava amá-la. Chorei.
Chorei muitos dias pedindo perdão por não amar tanto quanto eu deveria.
Casei, descasei, curti, não curti, amei, e cansei.
Queria mais, queria o mundo, queria ser independente e não viver a toa.
Enfim a responsabilidade. Amar e cuidar.
Trabalhar, estudar, dinheiro, amor, todas as funções que eu descobri como desempenhar, mas confesso, passei a admirar minha mãe e outras mães cada dia mais. É fora do normal tudo que essas mulheres desempenham em nossas vidas.
E o pai? Pai que é pai é raro, não digo que eles num existem, conheço até uns muito bons, mas toda regra tem exceções, e essas exceções são os BONS.
Mãe é mãe. Ainda me sinto no desespero, ainda não me sinto uma boa mãe, uma completa mãe, talvez eu não consiga nunca, ser mãe é...