Se fosse pra ter um poder especial, queria ter mediunidade.
Não pra receber qualquer espírito desses que ficam vadiando pela terra. Mas de um escritor. Claro que não seria de um dos grandes escritores da história. Eles merecem seu descanso. Também não seria esses que abastecem a indústria literária espírita com história de superação espiritual. Queria mesmo é psicografar textos do Brás Cubas. Até porque ele teve uma experiência bem sucedida com o Machado de Assis, com suas memórias póstumas.
Seria legal saber de suas impressões sobre nossa sociedade atual, já que como defunto não se preocuparia com opiniões de haters, não se preocuparia e colocar o dedo na ferida e mostraria toda nossa face nefasta diante de situações que fingimos não ser de nossa responsabilidade.
Por ter sido amigo íntimo do filósofo Quincas Borba, fico curioso em saber se ele trocaria a palavra “Batata” por algum outro termo.
“ Ao vencedor, a impunidade.”
“ Ao vencedor, o direito de matar.”
“ Ao vencedor, as terras dos índios.”