Lembrando que a perda de estabilidade não mexe em quem tem vitaliciedade (promotores, juízes, procuradores, desembargadores) e, naqueles super cargos que tem estabilidade também foram retirados da reforma como delegados da Polícia Federal, Auditores da receita. Só mexe na galera mais baixa do funcionalismo que está bem longe da realidade de ser em ricos e transformando seus cargos em mero cabos eleitorais, já que indicados políticos serão colocados no local (e, quem for concursado que não se submeter aos desmandos de quem comanda vai ser colocado para fora, por mera perseguição)
Acho que é um tiro no pé da população. Teve um vídeo bem interessante que mostrava a realidade do funcionalismo público e acabava com alguns mitos. Em comparação com outros países da OCDE, o Brasil estava bem atrás da proporção de funcionários públicos em relação à população em comparação países mais desenvolvidos e de cunho notadamente capitalista como EUA, Inglaterra e também de países que ocupam o topo de IDH.
Também desmitificava o mito de que funcionários públicos ganham necessariamente muito mais do que o mercado (seja na comparação global) seja dividindo os funcionários públicos por esfera e poder (MP também). Salvo engano, a nível municipal, a diferença não chegava a 5%. E em poderes, há Executivo, Legislativo e Judiciário. E até dentro esses poderes, fica irreal você comparar um técnico judiciário com um Desembargador ou Ministro. Não dá para colocar no mesmo bolo um gari, um professor de educação básica, um auxiliar administrativo e um Desembargador.
E estranho que a medida não afeta a nata, mesmo para quem diz que está preocupado com os cofres públicos. A nata do funcionalismo possui vitaliciedade. Caso chegue a uma punição mais séria, será aposentado compulsoriamente. O castigo dele é ser aposentado. Já o servidor (acredite) pode ser demitido. Basta dar uma jogada no Google e você vai ver.
O que se cria, na verdade, são cabides de emprego para políticos. Para cabos eleitorais. Para filhos de políticos que devem comer filé mignon. Você vai contra a eficiência, a impessoalidade, a moralidade ao retirar a estabilidade. Dizem que um particular na empresa privada tem que engolir sapo do patrão para manter o emprego. Acha que no serviço público vai ser diferente? O que ele vai ter que fazer para não ser colocado para fora pelo apadrinhado político (sim, porque, em geral, quem avalia, quem comanda o servidor é o apadrinhado político). E que se o servidor for colocado para fora, vai entrar outro apadrinhado político. Outro defensor do Crivella, por exemplo
Sou funcionário público estável, ocupo posição de Direção e sou responsável por várias equipes de setores administrativos. Mesmo assim, sou favorável ao fim da estabilidade. Existem muitos servidores públicos capazes, que realmente honram o cargo, mas, infelizmente, sempre tem as maças podres. Um dos maiores desafios que tenho no dia a dia é essa dificuldade em renovar os recursos humanos que estão à disposição. É uma tristeza ter funcionários que são remunerados muito acima da iniciativa privada, com atribuições absolutamente descomplicadas e que, mesmo assim, não fazem a menor questão de prestar um bom serviço.
Tá certo, servidor público é tudo vagabundo, ganham muito mais que a iniciativa privada e não trabalham porra nenhuma, por isso o Brasil não anda, dá-lhe Bolsonaro!