Eu não consigo mais me divertir tanto assistindo futebol, principalmente o brasileiro. O que ainda me prende é a zoeira com os coitados que torcem para sub-times, tipo o SPFC e o Cruzeiro. Porém, acompanho mais os resultados e a repercussão, parar para assistir os jogos é bem mais raro.
Os clubes e a CBF parecem muito mais organismos políticos do que instituições esportivas profissionais. Acredito que esse seja o cerne da mediocridade do esporte. Daí derivam a falta de competitividade, baixa qualidade do produto, irresponsabilidade fiscal dos clubes e uma pletora de outros problemas.
Por outro lado, eu fico fascinado com a forma com a qual os executivos das ligas americanas, as de maior porte pelo menos, organizam, operacionalizam e operam as mesmas. Os caras são muito bons no que fazem.
A preocupação é entregar um bom produto. A dinâmica de cada liga é inteiramente racional e voltada para manter um alto nível técnico e alta competitividade entre os times. Para que a liga se mantenha assim a longo prazo é necessário estabilidade nas instituições (times e liga) e responsabilidade financeira, mais dois aspectos que os executivos prezam bastante.
As maneiras de enxergar o esporte e de pensar a competição são diametralmente opostas. Os resultados idem. Enquanto em um modelo o amadorismo e a malandragem reinam, no outro é o profissionalismo que impera.
Velho, esse país é tão ruim em tantos aspectos diferentes que pensar nesses problemas todos chega a me deixar depressivo.