Dois pesos e duas medidas, se a patroa fosse negra e a empregada branca, os mesmos que colocam a culpa na criança endiabrada estariam aproveitando pra falar de racismo reverso. É só questão de oportunidade. Alías, o tempo vai mostrar, vou até salvar essa página.
Tenho um amigo, médio empresário, que para dar comodidade aos funcionários permitia que aqueles que possuem funções para as quais há veículo alocado no setor usassem o referido veículo para o trajeto entre a residência e a empresa.
Pois bem, um técnico, em um Domingo de sol, tirou o baú de ferramentas da motocicleta, colocou a mulher e um filho na motocicleta e foram para a praia. Na volta, sofreram um acidente com a motocicleta da empresa.
Apesar do boletim do acidente constar a mulher e a criança (absurdo), hospitalizados no mesmo acidente, o Domingo que ele não trabalhava, a ausência de marcação de ponto, a JT condenou a empresa a pagar uma indenização de 250.000 mais uma pensão vitalícia de dois salários mínimos ao funcionário porque ficou com sequelas do acidente.
Resumindo: a mulher não tinha que levar o filho para a vasa da patroa, ir passear e deixar a criança, o moleque era um demônio. Bastou mais alguém sem juízo por perto e a merda aconteceu.
A despeito da lei que regula o uso de elevadores por crianças, coisa mais normal em prédios são crianças subindo e descendo desacompanhadas entre apartamentos, play, bosque, piscina... No condomínio que moro hoje, a despeito das áreas com brinquedos, bosques, etc.. o que mais tem é criança brincando pelas ruas, o que inclusive já foi tema de um desentendimento meu com dois vizinhos.
Na hora que der merda, como quase aconteceu com uma criança brincando atrás do carro da minha esposa (é um SUV), aí é só pegar alguém para Cristo, fazer um estardalhaço na imprensa...