Olha, tive momentos e momentos com o Governo Bolsonaro. Uma espécie de montanha-russa de emoções. Quando um dos primeiros escândalos, que foi o da Wal do Açaí, vendedora de açaí que misteriosamente recebia salário de assessora enquanto Jair era deputado, veio à tona, eu não dei muita importância. O escândalo das rachadinhas de Fabrício Queiroz me chamou um pouco mais a atenção, mas, ainda assim, não foi o bastante para que minha confiança no mito ficasse abalada. No episódio do Golden Shower, eu ri muito, confesso. É bom ter um presidente bem-humorado. Gente como a gente. Quando Jair tirou o COAF do Ministério da Justiça para proteger o Flavinho, eu fiquei com uma pulga atrás da orelha. Mas, com o uso de ivermectina, a pulga logo saiu. Quando começaram as distribuições de cargos para o Centrão em troca de apoio no Congresso, eu estranhei. Não era ele que tinha prometido mudar tudo isso daí? Onde havia ficado o discurso da nova política? Mas, enfim, engoli em seco e segui a vida. Quando a pandemia eclodiu e o presidente começou a falar em ''gripezinha'' e ''cloroquina'' e ''histórico de atleta'', me aborreci. Levei a minha preocupação ao pastor da minha igreja e ele me disse que eu jamais deveria questionar o Messias. Quando Moro pediu demissão, alegando que Bolsonaro estava tentando interferir na PF, eu entrei em depressão. Adorava a amizade dos dois. Superei essa fase difícil com a ajuda de influenciadores como Olavo Carvalho e Allan Terça Livre. Quando o vídeo da reunião dos ministros vazou, e ouvi Salles falando sobre ''aproveitar a pandemia para passar a boiada'' e Guedes em ''colocar uma granada no bolso dos servidores públicos'', mal acreditei. Concluí, então, que se tratava de uma montagem. Quando ouvi sobre os 89 mil que Queiroz havia transferido para a conta da Michelle, nem dei bola. A mídia faz de tudo para sujar a imagem do mito mesmo. O saldo, no fim das contas, é positivo. Não vejo a hora de poder votar nele de novo em 2022.
votei em Bom