anônimo
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17/02/2021 23h07
Ônibus-museu com calcinhas dadas a Wando percorrerá o país.
"Sente o cheirinho”, uma fã escreveu na calçola amarela GG. Na tanguinha cor-de-rosa, a promessa “Ê, me leva que eu vou com você”. E até uma cueca anuncia: “Amigos gays de Wandinho”. No acervo de 17 mil peças íntimas de Wando, está gravada a paixão — democrática e foguenta — dos brasileiros pelo ídolo, que morreu em 2012. Preocupada em preservar a memória do pai, a estilista Gabrielle Burcci decidiu criar o Museu das Calcinhas. Ela se lembra da primeira peça atirada para o cantor.
— Foi na temporada do show “Obsceno” (1988). A mulher estava de saia longa, meio tubete. Ela se empolgou e tirou a calcinha na maior sutileza, sem aparecer bumbum, nada. Ele levou um susto, mas brincou, ele tirava de letra qualquer situação no palco — lembra Gabrielle.
Nascia uma das mais criativas peças de marketing da história da música popular. No show seguinte, Tenda dos prazeres (1990), Wando começou a atirar calcinhas para o público. Os brindes fizeram muito sucesso. E as mulheres não pararam de retribuir.