Nada indica que Jó tinha escravos e muito menos que jogavam o tal caxangá. Acredita-se que a cultura negra tenha se apropriado da figura para simbolizar o homem rico da cantiga de roda. Os guerreiros que faziam o zigue zigue zá, seriam os escravos fugitivos que corriam em ziguezague para despistar o capitão-do- mato.
So falta dizer que "O Cravo brigou com a Rosa" era relato de violência doméstica.
"Pirulito que bate bate", nem preciso dizer o que era, né?
Isso me lembra uma coisa que toda criança da minha idade tinha: um LP com cantigas de roda em ritmo de disco de 1978. A irmã da Gretchen fazia parte desse grupo.
A ideia seria essa, ensinar as crianças de jeito mais "suave" sobre a história passada, mas acaba que passando que por normal, algo que a escravidão costumava ser considerada no passado, mas isso pode acabar gerando uma ideia na cabeça das crianças de que é algo positivo e divertido quando na verdade o "escravo de jó" é um ser humano escravizado, algo que deveria ser considerado espantoso e nada normal.