anônimo
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14/04/2021 21h01
O autoritário Magufuli foi o grande líder negacionista da pandemia de coronavírus na África. Resistiu em fornecer dados sobre infecções, expulsou os representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) do país, afirmou que a Tanzânia estava protegida da doença por intervenção divina, recusou-se a impor medidas de distanciamento social ou toques de recolher e rejeitou as vacinas. Os primeiros rumores de que Magufuli, apelidado de Bulldozer [Trator] em seu país, poderia ter covid-19 começaram quando, depois de sua ausência da vida pública, um jornal queniano publicou que “um líder africano” estava sendo tratado dessa doença em Nairóbi.
No entanto, as autoridades tanzanianas não demoraram a desmentir a notícia. O primeiro-ministro Kassim Majaliwa disse na sexta-feira que Magufuli gozava de “boa saúde” e explicou que continuava trabalhando duro, “como sempre”. Na segunda-feira, a vice-presidenta pediu aos cidadãos que “ignorassem as fofocas” e acrescentou que a Tanzânia “agora está cheia de boatos vindos do exterior, mas que devem ser ignorados. É bastante normal alguém ter gripe, febre ou alguma outra doença”, comentou.