"Mais uma caso de feminicídio.
Inconformado com o fim do relacionamento, homem mata a ex-mulher (etc etc etc)."
Feminicídio é crime de gênero, matar a mulher pelo fato de ela ser mulher. Portanto, matar uma mulher por inconformidade com o término do relacionamento configura motivação passional, não de gênero. Matou porque não aceitou ser rejeitado, não porque a mulher era mulher. Interpretação óbvia e fácil, à qual qualquer rasa capacidade cognitiva consegue chegar.
A Justiça queria dar uma resposta aos crescentes e absurdos casos de assassinatos passionais de mulheres que apenas queriam romper o relacionamento. Ok, a tentativa foi necessária e válida, mas não assim, atribuindo ao réu uma motivação do crime que não existe, por mais que seja um arrombado que, por mim, não botaria os pés fora da cadeia em menos de 20 anos.
Dizer que um assassino que agiu por motivação passional, matou sua ex porque ela era uma mulher, é uma mentira investigativa e jurídica. Tecnicamente, é uma injustiça com o réu.
Mas por ser uma injustiça contra um mothefocker, um canalha destruidor de famílias, as pessoas acabam não percebendo, ou não se importam com essa mentira jurídica, em razão do prejudicado com ela ser um assassino.