Meu pai é o típico italo-argentino torcedor fanático do Boca Juniors, fala cantando com as mãos, meio grosso e rústico, bebe vinho barato todos os dias mas sempre foi o maior exemplo de homem que já vi na vida.
Levou a família nas costas, na raça, nos momentos alegres, tristes e difíceis. Sempre ajudou minha mãe em tudo, os dois vivem aos gritos (coisa de italianos, sempre dentro do respeito). Não é do tipo carinhoso (exceto com minha irmã), dava surras na gente quando merecidas e nunca fugiu a uma responsabilidade que lhe cabia.
Hoje, ele está bem velho e eu o admiro ainda mais, pela força e pelo bom humor que mantém para viver.