anônimo
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20/07/2022 05h51
Já existe um número significativo de pesquisas que atribuem ao celular um papel determinante para o fim de relacionamentos. Um dos estudos mais famosos a respeito desse tema foi realizado por James A. Roberts e Meredith David, da Universidade de Baylor, nos Estados Unidos. Os pesquisadores atribuíram o nome de “phubbing” para o fenômeno da interferência dos smartphones nos relacionamentos amorosos.
Para entender o que significa essa palavra, basta observar a sua origem semântica que combina duas expressões: phoning (ato de usar o smartphone) e snubbing (ato de esnobar ou ignorar alguém). Basicamente, se trata da forma como um indivíduo simplesmente ignora as pessoas à sua volta (nesse caso, especificamente o parceiro) para atender as demandas geradas pelo seu telefone.
Uma pessoa que está em um relacionamento com alguém que passa boa parte do seu tempo olhando para a tela do smartphone, tende a se sentir desprezada. Conforme pequenas atitudes, como responder uma pergunta com “uhum” ou dizer “desculpe, não prestei atenção ao que vc disse”, vão se acumulando. Assim, a outra parte tende a ter sua autoestima e autoconfiança minadas.
Os níveis de insatisfação com o relacionamento gerados pelo phubbing tendem a aumentar os níveis de insatisfação com a vida e isso acarreta inclusive no aumento da tendência a desenvolver depressão. A infelicidade gerada pelo uso extremo do smartphone no relacionamento pode interferir no desejo do casal de permanecerem juntos. A pesquisa ainda concluiu que, para boa parte das pessoas, as pequenas distrações geradas por seus smartphones não representam grande impacto no relacionamento. Uma percepção bastante equivocada, pois todo comportamento repetitivo gera uma resposta, sim, na outra parte.Se vc costuma pedir constantemente que seu parceiro repita o que acabou de dizer ou que espere até vc terminar de responder ao WhatsApp para lhe dar atenção, pode estar gerando uma insatisfação que começa pequena, mas que com o tempo se torna grande.