Os ideólogos de esquerda pretendem aperfeiçoar o mundo por meio de políticas que instaurem a justiça social, ou o igualitarismo, ou a socialização dos meios de produção econômica, ou qualquer outra ação que remeta à ideia de igualdade. Já os ideólogos de direita pretendem perfectibilizar o mundo a partir de uma perspectiva idealizada do passado e da tradição, de valores nacionais ou religiosos.
Geralmente, a alcunha “direitista” é aplicada sem muita acuidade crítica ao pensamento conservador. Do mesmo modo, a alcunha de “esquerdista” é aplicada às reflexões e propostas progressistas.
Conservadores e progressistas, não raro, associam-se com liberais. É o caso, por exemplo, de quem defende ideias progressistas, como o aborto, políticas de cotas etc., mas defende a liberdade econômica, isto é, livre mercado, livre concorrência etc.; ou, ao contrário, quem defende política antiaborto, política contra as cotas e contra programas sociais fomentados pelo Estado, mas também se ajusta, igualmente, à prática do liberalismo econômico. Do ponto de vista político e ideológico, progressistas e conservadores divergem, mas concordam, por vezes, quanto à economia. Vê-se, então, que o problema é mais complexo do que se imagina.
As raízes do pensamento conservador e progressista remontam ao século XVIII, especificamente às figuras de Edmund Burke e Jean-Jacques Rousseau, respectivamente. O primeiro é uma das principais fontes do pensamento conservador contemporâneo, e o segundo, do pensamento progressista, que se bifurca em liberais moderados, reformistas e revolucionários.
Fonte: https://bit.ly/3As3h07