Acho que pode mudar.. Já teve momentos de eu não me reconhecer mais. Mas acho que se for a essência que muda, em algum momento a gente mesmo sente falta de como a gente era..
Depois de estudar mais profundamente os pré-socráticos eu fiquei mais próximo de Parmênides nessa discussão, pois como o mesmo afirma, essas constantes mudanças são aparentes.
Só podemos entender a mudança heracliana se há algo de estável que permanece e nos permite identificar o objeto como o mesmo. Logo, é um argumento de caráter lógico, pois a noção de movimento pressupõe a noção de permanência como mais básica.
Trazendo aqui para ilustrar, um verso de seu poema: "aquilo que é, não pode não ser", ou seja, a realidade do Ser, em seu sentido mais profundo tem de ser imutável.