Ao tratar da questão da vida após a morte, parece fútil recuar para uma posição agnóstica, pessimista ou niilista. Para Schopenhauer, nascemos do nada e quando morremos, voltamos ao vazio da existência, mas apesar dessa visão sombria dele, existe uma espécie de empatia em seus escritos da fuga dessa implacável dor e desse implacável sofrimento que é a vida humana. Em um de seus escritos, ele diz assim: "A dor profunda que se sente diante da morte de qualquer alma benévola, vem do sentimento de que há em cada individuo algo de inexprimível, peculiar, só a ele e que está portanto absoluta e irreparavelmente perdido".
Ele era materialista e portanto acreditando que o mundo são objetos e esses objetos são constituídos por algo material, se opondo ao idealismo transcendental kantiano por exemplo, que trata da possibilidade do conhecimento ou do idealismo subjetivista de Fichte, ou do idealismo objetivo de Schelling ou mesmo do idealismo absoluto de Hegel, para Schopenhauer conseguimos pensar apenas em termos de matéria.
O dualismo defende que além da matéria, há o espírito, há uma alma. Para os materialistas se não há nada além do corpo, da matéria portanto não existe uma alma, com a morte acaba destruindo o corpo e ai encerramos a nossa existência. Já para o dualista, ele acredita que com o fim do corpo talvez isso não significa necessariamente o fim da vida espiritual, porém temos aqui uma bifurcação, pois há alguns pensadores que dizem que com a morte do corpo, a alma, o espírito é imortal portanto vai continuar existindo, porém existe também os pensadores que pensam que com a morte do corpo, a alma, aquilo que é além da matéria, acaba cessando junto com a morte do próprio corpo.
votei em As vezes acredito, as vezes não.