Por que é tão difícil de debater sobre o aborto?

Quando falamos de bioética, os dois problemas mais difíceis de serem debatidos, são aborto e eutanásia.
O aborto, quando falamos dele, nós temos que falar da visão do direito, da ciência e das religiões, além claro, da visão filosófica.
Aqui, no Brasil, há três situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro, quando a gravidez implica risco para a mãe/gestante e em fetos anencéfalos (com má-formação do cérebro e córtex - o que leva o bebê a morte logo após o parto). Em quaisquer outros casos, a interrupção da gravidez é considerada crime.
As respostas da ciência são: visão genética (a vida humana começa na fertilização, quando o espermatozoide e ovulo combinam os seus genes para formar um individuo com conjunto genético único, um ser humano com direitos iguais ao de qualquer outro. É também a opinião da Igreja Católica), visão embriológica, visão neurológica, visão ecológica e visão metabólica.
Para a visão da religião, sobretudo o Catolicismo, a vida humana começa na concepção, quando o óvulo é fertilizado formando um ser humano pleno e não um ser humano em potencial. Por mais de uma vez, o Papa Bento 16 reafirmou a posição da igreja contra o aborto e a manipulação de embriões (células tronco embrionárias). Segundo o papa, o ato de "negar" o dom da vida, de suprimir ou manipular a vida que nasce é contrário ao amor humano".