anônimo
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16/10/2021 15h36
A República de Platão provavelmente é a sua obra mais importante, escrita em 370 a.C, ela é a busca racional de uma cidade perfeita. Historicamente ela se enraíza em uma questão aberta pelo projeto democrático e trata da definição do que é o justo. Platão quer pensar a política a partir de um horizonte de um duplo revês ou de uma democracia degenerada, cujo sintomas são a condenação e de seu mestre Sócrates no ano 399 a.C e o da dominação tirânica dos 30.
Na República afirma-se o papel irredutível da razão, mas o verdadeiro adversário continua sendo como nos outros diálogos de Platão, os sofistas e a sua tese relativista acerca das questões humanas. Contra isso, ele define uma norma ideal de justiça, em sua dupla acepção de entidade inteligível e perfeita, ela é obrigada a ser absoluta e não pode ser atingida senão pela inteligência de quem a busca, isto é, em primeiro lugar pelo filósofo.
A investigação sobre o estado justo não pode prescindir da investigação sobre a alma virtuosa. A grande questão do livro é: "o que é justiça" e ela trata tanto do plano individual como coletivo.
Individual tentando responder o que é a justiça na alma e coletivo tentando responder o que é a justiça no estado.