Consideremos o seguinte experimento mental, típico de ficção científica, que envolve a criação de uma cópia material exata de uma pessoa.
A pessoa a ser copiada será chamada Calvin-1, e sua cópia, Calvin-2, é construída ao se recriar quase instantaneamente cada molécula de Calvin-1, de tal forma que o estado de cada réplica de molécula é o mesmo que o da molécula original em Calvin-1, e todas as relações espaciais (e de outros tipos) entre as moléculas de Calvin-2 são as mesmas que as relações entre as moléculas de Calvin-1.
Quando a reprodução acontece, Calvin-1 e Calvin-2 encontram-se em ambientes perfeitamente semelhantes, de forma que nos primeiros instantes seus estados materiais permanecerão perfeitamente semelhantes, pelo menos descendo até a escala molecular.
Após alguns instantes, porém, os dois sistemas começariam a rumar em direções diferentes, ou por causa das flutuações inevitavelmente diferentes em cada ambiente, ou porque a natureza não é determinística (ou os dois).
Eis então o arranjo do experimento mental. A primeira pergunta a ser feita é se Calvin-
2 teria consciência, ou se ele seria apenas um “zumbi”, agindo por automatismos mas sem um vivência subjetiva. Materialistas diriam que ele é consciente, já que a consciência seria fruto apenas da matéria, ao passo que espiritualistas ou “dualistas de substância” (como Descartes) afirmariam que algo mais seria necessário para Calvin-2 ter uma alma, mente ou consciência.
De qualquer forma, o "clone" não sou eu, mas outro ser, outra "vida" (por isso se chama clone, se fosse eu mesmo simplesmente seria chamado de mim mesmo e não de "clone"), clones são réplicas, portanto não são o "eu" original, e portanto, seria esta:
votei em Intercurso sexual com uma pessoa do mesmo sexo.