Acredito que isso é mais complexo do que simplesmente ser a favor ou não, mas como a linguagem neutra surge de uma demanda não-binária, é interessante utilizar entre aqueles que se identificam como gênero neutro/intersexo, até mesmo como forma de respeito à individualidade da pessoa (e meio que as pessoas vão internalizado como se usa pelo convívio, não é algo que necessariamente precise ser "ensinado"; por exemplo, ninguém vai pra escola pra aprender a falar português, a pessoa já sabe falar e se comunicar, a pessoa aprende a gramática normativa e como utilizá-la em contextos formais, um instrumento de comunicação).E outra coisa: se nós mesmo falamos de formas diversas no ambiente escolar, que foge à gramática normativa e ao "bem falar", usamos dialetos, gírias, expressões idiomáticas, o próprio sotaque, porque a dita linguagem neutra é tão condenada? E não venham dizer que é apenas porque querem enfiar isso goela abaixo ou que é "invenção de esquerdista"... Li uns comentários aqui que falavam que a linguagem neutra é menos inclusiva porque não abrange a comunidade surda, por exemplo. Se alguém puder me explicar melhor, agradeço. E mesmo não achando muito legal votar em "sim" ou "não", provavelmente votaria em "não" porque a linguagem neutra pode ser incorporada em contextos informais. Inclusive lembro de uma fala da Rita Von Hunty em que ela explica que essa coisa do pronome neutro por exemplo (elu, dile, todes) não "vingue", mas que existem mecanismos dentro da própria língua que podem ser usados para trazer mais neutralidade às frases, orações... Ela se refere à isso como "ginástica vocabular". Bem interessante.
votei em Não