O fato é que em um momento turbulento da minha vida, decidi começar a fazer programa. A decisão foi tomada sem reflexão sobre as consequências e, sinceramente não demorou muito para surgir o arrependimento. Enquanto procurava “clientes em potencial”, conheci o Sr. M em um site de bate-papo de gosto duvidoso (só tinha gente maluca). Ele disse que estava lá procurando companhia. A conversa evoluiu para o WhatsApp, em todo momento ele estava ciente das minhas intenções “mercantis”. Depois de alguns programas (em que eu ia direto para a casa dele), ele começou a me convidar para sair para lugares públicos (barzinhos e essas coisas). De forma educada, eu procurava declinar dos convites. Passado um tempo, ele sugeriu que o encontrasse, “mas sem cobrar”. Nesse ponto, decidi parar de vê-lo, por duas razões. Primeira, eu estava ficando emocionalmente envolvida, nossas conversas duravam horas, a inteligência dele me atraía a cada dia, até o sotaque de “menino do interior” me deixava meio boba. Segunda, ele parecia estar confundindo as coisas. Nos afastamos de forma gradual. No entanto, recentemente, em um momento de “carência”, acabei mandando mensagem para ele e retomando nossos encontros. Desta vez, sem o viés “mercantil”, até porque não levei para frente essa coisa de “fazer programa”. Nosso acordo velado é o seguinte: nos encontramos para sexo. Mas aí lá vem ele com os convites: para dormir na casa dele; para ir almoçar que ele vai cozinhar; sair para um barzinho. Sinto que posso me apaixonar se continuar esses encontros, especialmente fazendo “coisas de casal”. Confesso que já estou emocionalmente envolvida, e isso tem um tempo já. Mas, considerando que a relação evoluísse para um relacionamento, esses “programas” iriam pesar? Esse comportamento dele é de um homem apaixonado ou apenas estratégia de alguém que não quer perder a companhia para sexo causal?