Eu tenho uma mãe que cabe exatamente na sua descrição. Trata-se de uma mulher extremamente controladora, portanto, uma mãe controladora. Hoje vivo no meu próprio apartamento. Mas a primeira vez que saí de casa foi aos quinze anos de idade, tentando fugir do controle de minha mãe. Ela também é uma pessoa que quer decidir o que você deve comer, o que deve beber, o que deve fazer, não é? Também deve ficar avaliando seus amigos e dando conselhos à uma namorada que você traga para casa, não é? E seu pai deve ser um relaxado, apenas assistindo a tudo, enquanto coça o saco a assiste TV, correto? Um sujeito tão apático como um Homer Simpson.
Vou lhe responder com toda a sinceridade.
Quando você puder, procure buscar o seu lugar próprio. Mantenha uma distância calculada de sua mãe. Mas jamais a abandone em qualquer hipótese. Nunca sinta rancor de sua própria mãe. Se ela está te ferindo, te magoando, afaste-se quando possível. Mas lembre-se vez em quando, nunca se deixe esquecer, que foi ela quem deu-lhe a luz, que o amamentou, que trocou as suas fraldas, que limpou a sua bunda, que o alimentou, que buscou lhe dar estudo, educação, o que ela podia ou acreditava que podia lhe dar de melhor.
Não permita que sua mãe governe a sua vida. Tenha força. Grite, chore, esperneie, se necessário. Afaste-se a uma distância calculada, se necessário for. Mas jamais se esqueça que suas raízes são seu pai e sua mãe, bem como o restante de sua família. Nunca permita que o seu amor pela sua mãe esmoreça, por mais que você saiba que ela está errada. Ame-a assim mesmo. Ela jamais vai deixar de te amar, ainda que erradamente.