Sabe que isso me lembrou um artigo sobre teoria da arte que eu tenho guardado há um tempão... Esse artigo começava com uma reflexão interessante sobre o que haveria de semelhante entre uma Capela Sistina e A Fonte. O que haveria de comum entre elas, já que ambas são consideradas obras de arte? Esse artigo em questão, tentava solucionar a questão com a ideia de paradigma: cada tempo e espaço possui sua própria concepção de arte, seus próprios padrões de beleza, apesar de haver diferenças diametrais, essas ideias são condizentes com o paradigma de cada época.
A questão do padrão talvez se repita, especialmente na arte clássica, porque aborda muitos temas relacionados à natureza, à ciência, ao homem. A natureza possui padrões, o homem de certa forma também e isso acaba sendo transportado para as manifestações artísticas. O contrário também é válido. E isso dá um tom interessante à coisa: enquanto humanos, tão diversos, cheio de particularidades e subjetividade, conseguimos nos conectar na arte e através da arte, de forma à transmitir sentimentos universais, comuns à todos nós. Raiva, desespero, paixão, tristeza... Isso de certa forma também é um padrão. A fato de termos um ciclo de vida (começo, meio, fim) é um padrão. As (as)simetrias também podem ser consideradas. São bem exploradas também.