Sou casado. O sorriso da minha mulher é a coisa que mais me acalenta na vida - e acho que tê-la encontrado foi uma bondade do destino que eu não merecia.
Sou viciado em sexo - com outras mulheres. Gosto de flertar por puro prazer e, se a coisa se desenrola, não recuso uma transa. Não consigo me aproximar de uma mulher sem considerá-la, antes, como objeto sexual. Idealizo seus seios, o desenho dos mamilos, a curva e a textura da bunda, tamanho, forma e cheiro de seu sexo. Flerto com mulheres o tempo inteiro, na rua, na academia, na farmácia, no Instagram (é óbvio). Saio com garotas de programa e vou a casas de massagem erótica.
Engato conversas com algumas das que conheço, mas sempre procuro o gatilho para uma pauta sexual, depois um seminude, um "nude conceitual", eufemismos para uma boa safadeza.
Sou consciente de que minha conduta é terrível para um homem casado e os maus adjetivos que me cabem são muitos.
Mas não me considero um porco misógino. Tenho respeito pela vida da mulher e reconheço a desigualdade que me privilegia. Não assedio, não desrespeito e gosto sinceramente de conversar com elas.
Mas, sim, sou movido pelo prazer do corpo de uma mulher (ou de muitas). Quero conciliar a vida de marido zeloso com a de um adúltero profissional.
É possível?