Não, pois a lógica do sistema educacional em boa parte do mundo é pautada em classificar o grau de "inteligência" ou capacidade de pôr na prática seus conhecimentos através de notas, em provas com poucas questões sobre assuntos que possuem um universo em si só de possibilidades e conteúdos.
Assim se quantifica o desempenho de um aluno ao realizar determinada prova sobre determinada matéria. Outros atributos de suma importância para qualquer cidadão é o senso crítico, capacidade reflexiva e de formular opiniões, se posicionar, interpretar os fatos a sua frente, coisas que geralmente são negligenciadas pelas escolas e desconsideradas na formação de um estudante.
Na escola, na verdade, você aprende a fazer testes e provas. Você pode ser preguiçoso e desleixado, mas sabendo o que precisa ver, quando e o quê deve estudar, você memoriza o conteúdo necessário para tirar uma boa nota. Mas isso não significa, então, que de fato você aprendeu e assimilou aquele conteúdo e portanto é um bom aluno, o mais capacitado, o mais inteligente.
O tecnicismo do ensino aqui no Brasil; a desvalorização das ciências humanas; a desvalorização dos professores; a falta de infraestrutura adequada nas escolas; o excesso de conteúdo visto toda a estrutura voltada para se passar nos vestibulares acaba comprometendo o ensino no país e limitando o desenvolvimento crítico e criativo dos alunos, pouquíssimo estimulado onde se deveria ser. Uma reforma no sistema educacional precisa ser implementada o quanto antes, de maneira ampla e profunda, de modo que busque tirar o atraso de décadas que o país está em relação a países sérios do mundo, ocasionado propositalmente por um projeto político de diversos governos que tem como intuito desqualificar a população e a mão-de-obra em prol de atender os interesses do lobby hegemônico da economia