No Brasil, a escassez de oferta de terrenos e imóveis em áreas urbanas altamente desenvolvidas e procuradas resulta em uma demanda perene por moradias, o que acirra a competição entre compradores e, consequentemente, eleva os preços. Além disso, a expansão urbana caótica em muitas cidades brasileiras, caracterizada pela ausência de um planejamento adequado, contribui para a escassez de terrenos disponíveis nas localidades centrais, impactando negativamente a oferta e impulsionando os valores.
Adicionalmente, o mercado imobiliário brasileiro enfrenta desafios relacionados aos custos dos materiais de construção, os quais são onerados por fatores como questões tributárias, logísticas complexas e a falta de competição efetiva. Esses fatores se refletem nos preços finais dos imóveis, tornando-os mais elevados para os consumidores.
Outro aspecto relevante é o custo significativo da mão de obra na indústria da construção civil no Brasil, especialmente quando se trata de profissionais altamente qualificados. Os salários desses trabalhadores são consideráveis, o que influencia diretamente os custos de construção e, consequentemente, os preços dos imóveis.
A burocracia e a complexidade dos processos envolvidos na compra e venda de terrenos e imóveis no país também contribuem para a elevação dos preços. Os procedimentos demorados e os impostos incidentes, como o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), aumentam os custos para os compradores e, por conseguinte, encarecem o mercado imobiliário.
A especulação imobiliária, caracterizada pela aquisição de propriedades com o objetivo de vendê-las a preços mais altos no futuro, é mais um fator que contribui para o aumento dos preços dos imóveis. A demanda por investimentos imobiliários e a expectativa de valorização dos imóveis impulsionam os preços para cima, criando um cenário de especulação que afeta o acesso à moradia.
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O país é grande, mas está tudo concentrado nas capitais e poucas cidades do interior, ou seja, é muita gente disputando poucos lugares. O estado não fez o dever de casa em conectar o país e as pequenas cidades ao comércio nacional. Para isso, seria necessário investimento pesado em infraestrutura, coisa que nenhum governo até agora quer meter a mão, e assim ligar o país todo, favorecendo as pessoas se mudarem para cidades pequenas, e assim, desafogar as capitais e grandes centros.
Outro problema é a especulação imobiliária que ocorre, sobretudo, nos grandes centros. Um grupo de indivíduos com dinheiro compra uma parcela de imoveis em uma determinada região para vender ou alugar depois com o preço mais alto, e uma das consequências dessa prática é a elevação dos preços.
Um país sem uma política séria de habitação cria-se um arranjo selvagem para as pessoas que sonham em adquirir um terreno e/ou uma casa. O programa Minha Casa Minha Vida, ao meu ver, não corrige nem de longe o problema que temos com habitação em nosso país, o problema é muito mais complexo e deve exigir um esforço imenso do estado para o enfrentamento. E isso nem vai muito dinheiro, pode ser feito com empresas privadas mesmo, é mais uma questão regulatória e de planejamento mesmo.