Em partes sim, mas não é o único e nem mesmo o principal fator. É uma questão complexa que envolve várias questões culturais, sociais e econômicas.
A criminalidade não é exatamente uma causa, mas a consequência de vários fatores combinados como pobreza, falta de oportunidade, morosidade no sistema de justiça, e sistema educacional deficitário. Dentro da questão cultural, podemos colocar aí os crimes de preconceito.
Um país que possui leis muito brandas pode sim incentivar a criminalidade, principalmente aqueles crimes que não fazem distinção da classe social como abuso infantil, estupro, e homicídio.
Problemas na economia podem estimular crimes patrimoniais, esses crimes estão parcialmente ligados a pobreza, uma vez que a falta de oportunidades pode incentivar os jovens a buscar formas ilícitas de obter uma renda.
Mais do que simplesmente criar leis pesadas, é necessário combater a morosidade e as brechas na legislação que fazem com que criminosos saem empunes. Melhorar a qualidade da polícia e do sistema de inteligência para aprimorar as investigações e soluções de crimes, e tentar prever crimes antes que eles aconteçam também faria muita diferença, aumentar penas por si só não resolverão o problema com a criminalidade. Não adianta, por exemplo, que um cidadão por homicídio seja condenado a 40 anos, se ele cumpre apenas 10 e está solto. Isso é injusto com a vítima, além de que um criminoso perigoso está de volta as ruas.
O problema que ocorre em muitos países da América latina é que, além de termos um sistema de justiça muito fraco e lento, também existe muita pobreza. A falta de oportunidades causam um aumento, além do sistema educacional ser muito deficiente.
Para melhorarmos os níveis de criminalidade, precisam de reformas estruturantes em várias frentes, tanto no sistema de justiça, passando pela modernização da polícia, até melhorias na educação pública e criar um ambiente de oportunidades, com melhoria na situação econômica do país.