Qual o conceito? É igual o ambiental? Se for, já sim.
É algo até meio óbvio. Grupos minoritários são mais vulneráveis a viver em áreas de risco. Saneamento, segurança, área de desmoronamento. Só ver as enchentes no Brasil, o caso de Brumadinho, Brasken em Maceió, advinha a classe da maioria das pessoas que perde a casa.
Desastres "naturais", acidentes quimicos, envenenamento, contaminação etc são mais prováveis de acontecer próximo de áreas habitacionais mais pobres e de grupos minoritários. Apesar do tema ter sido mais abordado no Brasil após a pandemia, já há estudos interessantes nos EUA sobre isso na década passada, como as fábricas são instaladas em locais próximos das comunidades mais pobres.
https://news.bloomberglaw.com/environment-and-energy/insight-plastic-pollution-is-an-environmental-justice-issue
https://www.washingtonpost.com/outlook/2020/06/03/im-black-climate-scientist-racism-derails-our-efforts-save-planet/
Veja por exemplo o caso do garimpo ilegal em áreas indígenas. A aldeia do índio que sofre com rio contaminado por mercúrio, peixes morrendo, doença. O bairro do rico de Leblon ou Alphaville que consome o ouro continua lindo e belo. Alô Valdemar, e essa pepita aí?
E essa dinâmica afeta o planeta como um todo. Extrativismo desenfreado no sul global, para mandar produtos para abastecer o consumo do Norte. Adivinha qual o grupo tem mais pretos pobres e qual tem brancos ricos? No mundo globalizado há uma distância segura entre o consumidor e o produto. Um riquinho em Beverly hills compra um iPhone montado no México, china, índia. Se der ruim em alguma fábrica, não é o bairro do americano que se lasca e ele terá que meter o pé de casa com uma mão na frente e outra atrás.