Depende do quanto a empresa é movida por lucro ou por relações políticas.
Empresas que são movidas por lucro precisam de empregados esforçados. Um chefe preguiçoso pode até ter inveja ou raiva de um funcionário esforçado e cortá-lo na primeira oportunidade que tiver para impedir que ele revele o quanto outros funcionários estão aquém do que poderiam agregar em valor para a empresa. Mas, se a empresa for movida por lucro, a demissão ou não reconhecimento (promoção) de empregados bons invariavelmente a levará a produzir (e lucrar) menos, causará insatisfação no empregado não reconhecido e, em última instância, o aumento do turnover (quando o empregado deixa a empresa), além de resultar muitas vezes na demissão dos gestores e o surgimento de concorrentes mais eficientes.
Empresas movidas por relações políticas e subsídios não têm o mesmo incentivo. Nessas, vale à pena ser um funcionário mediano, afinal, elas se beneficiam dos privilégios da condição de monopólio/oligopólio (podem até ter concorrentes, mas governo e outras instituições grandes as protegem contra a falência por meio de subsídios). Seguem uma lógica semelhante à do serviço público, que não é uma atividade cuja importância é determinada pelo lucro (pela população), e sim pela importância conferida discricionariamente por burocratas, e por essa razão não têm a satisfação do cliente final (o cidadão) como critério inegociável de qualidade. Para os empregados dessas empresas, a cartelização e a mediocridade costumam ser mais eficientes.
Se dar bem em local de trabalho é ilusão, empregados são descartáveis, empresa nenhuma tá ligando pra empregado, o certo é ir ao trabalho fazer apenas o que deve.