Sim, mais pobres.
Uma era filha de um serralheiro, família relativamente humilde, mas bem unida. Às vezes tinham alguns desentendimentos pq viviam com a avó e outros parentes num mesmo lote. O bairro era meio perigoso, com traficantes e usuários de drogas, então ela viu muita coisa ruim, cresceu vendo colegas e mesmo algumas primas engravidando e enfrentando dificuldades, e isso foi o que mais pesou na vida dela para ela querer estudar e se tornar uma mulher independente de qualquer pessoa. Talvez até demais, pq ela não pensa em ter um filho a menos q tenha um salário alto, em torno de R$ 30.000. Diz q daria tudo do bom e do melhor para o filho dela (tenho receio de ela estragar/mimar a criança fazendo isso - na vdd tenho quase certeza de q isso acabará acontecendo). Mas eh bem deficiente na base (tem tdah, mta dificuldade em portugues, raciocinio logico, etc), so que ta na luta pra melhorar e eu tenho mta esperança de q ela vai conseguir.
Outra era filha bastarda de um servidor do alto escalão da polícia federal, foi rejeitada a vida inteira pelo pai e cresceu largada no mundo. Ainda engravidou muito nova, com 14 anos. Por isso, teve uma educação muito ruim e tinha dificuldade até de estruturar frases. Ela beijava bem e era muito carinhosa, mas era impossivel ter qq diálogo, qq conversa sobre qq assunto, até conversar sobre um filme era impossivel, pq ela nao entendia direito a história, mt menos falar sobre filosofia, arte, literatura. Era praticamente um esforço inutil perguntar sobre o q ela achava de alguma coisa, pq ela dava respostas totalmente confusas kkk. Mas tambem era uma pessoa boa, e eu achei engraçado como q alguem podia ser tao carinhosa sem ter nenhuma comunhao de ideias comigo, sem me entender ou me conhecer, e tambem sem sentir a necessidade de se expressar ou de que eu a entendesse. Foi assim que eu descobri que sentimento, carinho e entrega podem ser coisas tao puras a ponto de nao precisar nem conversar muito para duas pessoas trocarem.