O problema dos apps de relacionamento é que neles a conquista e o sexo estão no primeiro plano, são o objetivo principal, diferentemente de outros espaços em que outras coisas são o elemento mais importante. Quando você vai à academia, à Igreja, a uma casa de jogos de tabuleiro, a uma biblioteca, enfim, qualquer lugar, você vai com outros interesses que não conquistar alguém ou obter sexo. Esses lugares são mais propícios para conhecer pessoas que compartilhem dos mesmos interesses que você.
Mas num app de relacionamento, tudo se ordena em torno da conquista. As pessoas sabem exatamente o que é preciso ter em termos de aparência e o que é preciso dizer para conquistar, e otimizam tudo para isso, a ponto de muitas vezes forjarem uma personalidade completamente desconectada dos valores que realmente cultivam. Tudo se ordena em torno de conquistar a outra pessoa. Só que a conquista se encerra no momento em que alguém consegue o que quer. Muitos estão ali por mera vaidade, para ver quantas pessoas conseguem atrair, mas não porque de fato têm algum interesse real em alguém.
Esses aplicativos são como uma arena, onde muitos entram com intenções fracas, buscando preencher o vazio com qualquer coisa. A verdadeira conexão exige mais do que simples deslizar de telas e palavras vazias.