Acredito que o amor envolve tanto a escolha quanto o acaso. Vejo o amor como a interseção entre o que construímos e o que sentimos involuntariamente.
Escolher amar significa que, por meio da intenção e do foco, podemos moldar nossos sentimentos. Nossos pensamentos influenciam emoções e comportamentos. Optar por alimentar um sentimento ou valorizar certas qualidades é uma forma de escolher amar.
Por outro lado, o amor involuntário surge de maneira espontânea, fruto da química, das experiências ou até de fatores desconhecidos. Muitas vezes, ele aparece sem que possamos compreender exatamente o porquê, como se fosse uma resposta natural a uma soma de elementos que nos atraem.
No fim, ambos se encontram. O sentimento inicial pode ser espontâneo, mas a permanência desse amor depende da escolha de alimentá-lo. Pode-se amar sem escolha, mas a continuidade do amor requer decisão.
Ninguém escolhe a quem vai amar. Absolutamente involuntário.
As pessoas amam antes mesmo de se darem conta do sentimento, e depois de tornarem-se cientes, racionalizam para encontrar justificativas técnicas para esse sentimento. Uma tentativa de auto controle que invariavelmente não passa de ilusão.