Eu escolho muito bem onde levar minha guia. E também não saio contando por aí de imediato, justamente porque não quero ninguém vir falando merda pra mim.
Uma vez em uma conversa de evangélicos, eles (que pregam que não devem julgar ninguém) tavam criticando o catolicismo, eu tava do lado (católico), e acho que eles sabiam que eu sou católico.
Preconceito não, mas sempre ouço falando mal, já que os ambientes que trabalhei foram católicos, então usam muito “esses crentes […], só podia ser crente”.
Eu sou católica, até aí tudo bem…
Só que eu vivo a modéstia, logo não uso roupas com decotes, curtas e também não costumo fazer uso de calças (embora isso esteja mudando, ainda que eventualmente).
A grande maioria das pessoas que me vêem na rua acham que sou evangélica e por isso sempre perguntam minha “comunidade”.
Quando digo que sou católica eles começam a falar que essa religião não “combina comigo”, que eu “adoro santo”, que sou uma menina “tão boa” para estar no “mal caminho”, enfim…
A última situação ruim foi começo desse mês, e com um homem.
Ele simplesmente não queria acreditar que por eu estar usando vestido e ter um cabelo longo não era da CCB, e sim, da Igreja Católica.
Não. Quando frequentava igreja eu nunca fui de ficar falando aos quatro ventos onde eu ia. Na verdade acontecia o contrário, cresci ouvindo as pessoas criticando os protestantes. Vez ou outra um conhecido da família virava crente e automaticamente ele passava a ser visto com desconfiança. Tenho alguns parentes protestantes e na infância e adolescência, eu mal podia conviver com eles porque minha mãe tinha medo de que eles fizessem a minha cabeça pra virar crente tbm. Meu pai nunca foi de igreja mas tem ódio de protestantes.
Tudo bem que muitos deles são insistentes demais e fazem a má fama, mas isso não justifica o preconceito.