Acho que a valorização que recebemos após a morte não é senão um dos paradoxos da existência. Enquanto vivos, somos demasiado humanos: sujeitos às contradições, aos pequenos vícios e às banalidades que ofuscam o brilho de nossas virtudes. A convivência cotidiana, repetitiva, tende a desgastar a percepção daquilo que somos. Mas a morte interrompe esse fluxo: ela fixa a imagem, congela o movimento e nos converte em símbolo.
Imagino também um traço de egoísmo nesse fenômeno: ao exaltar os mortos, tentamos reparar nossa própria negligência. A ausência alheia nos devolve o peso de nossa finitude, lembrando-nos de que também seremos reduzidos à memória. Valorizar o outro, então, é uma forma indireta de valorizar a nós mesmos, conferindo dignidade ao drama da mortalidade.
Ou quando desistimos depois de tanta angústia tentando, e decidimos nos recolher e seguir em frente,se afastar,cortar. A maioria das pessoas não dão valor a quem é bom com elas,ou gosta demais delas.
Cada vez tenho visto isso na minha própria vida,a maioria é assim. Um mal do ser humano.
Então pq normalmente a gente só percebe a importância de alguém qnd ñ está mais presente para mostrar ou lutar por si mesmo...enquanto estamos vivos, as pessoas mtas vzs se acostumam com a nossa presença, nossos gestos e até nossos esforços, e acabam se importando com o que significamos. Depois qe morremos, tudo fica mais claro pra se dizer tipo: as lembranças, as palavras ñ faladas, as ações qe deixamos de receber… e aí o valor q sempre tivemos se torna visível, mas já é tarde demais.
É cruel mas é uma verdade: o mundo tem essa mania de só medir importância pelo vazio q alguém deixa.