eles respondem
Já fui visitar meu finado pai e minha mãe quando eles ficaram internado.
O que eu senti foram aflição e angústia quese indescritíveis de tão grandes e intensas.
Várias vezes, nos últimos 3 anos, meu pai e minha mãe tiveram cancer, minha vida era faltar no serviço pra conduzi-los em consultas, durante as crises de encefalopatia do meu pai, passei + de 12h sentado em poltrona de quarto ou área de observação hospitalar no Hospital das Clínicas.
Inclusive, eu deixei de reclamar do SUS, quando meu pai precisou dele. Ele recebeu um fígado novo, sem pagar nada alem de impostos por isso.
Teve dias no hospital, que eu já cheguei ate mesmo a pedir pra Deus que me fizesse morrer antes dos meus pais, pois eu não aguentava mais tantas noites sem dormir, pressões, medos de perder meus pais...
No dia da cirurgia do meu pai, cheguei no hospital as 7h e sai as 3h da madrugada no outro dia, inclusive, uma querida amiga aqui do site ficou a maior parte desse período conversando comigo, ouvindo meus desabafos durante a cirurgia e meu medo sou muito grato a ela.
A cirurgia foi um sucesso.
Eu perdi meu emprego numa multinacional, mas não me arrependo, eu honrei meus pais.
Ano passado um parente meu contraiu um câncer. Eu logo me coloquei para ajudar com os custos do tratamento, da quimioterapia, dos remédios, da consulta. Isso durou por alguns meses. Eu levava ele ao hospital, nos sábados, para fazer a quimioteparia. Alguns sábados a quimioterapia era em casa, então não precisava. Por volta de maio ou junho do ano passado, em mais um sábado da nova rotina que invadiu nossas vidas, tivemos um diálogo que eu nunca vou esquecer.
Nele, meu parente me disse que aquele tratamento era tudo em vão, que não havia escapatória. Que estava se submetendo a química pesada e ao ônus que aquilo tudo gerava apenas para dar um pouco de esperança para minha mãe, minha família. Enquanto aquele líquido laranjado entrava via acesso intravenoso, um silêncio imperou naquela sala. Olhávamos um para o outro com a certeza de que aquilo era a linha final. Que estávamos apenas seguindo um script socialmente aceito. No fundo, tanto ele quanto eu sabia como tudo terminaria. E terminou.
Já. Meu pai. Não foi nada de mais, ele tinha se envolvido em uma briga e precisou ser internado pra pegar alguns pontos na cabeça. Ficou em observação a noite toda e de manhã foi liberado.
Isso foi no início de 2021, hoje ele é falecido.
Já acompanhei sim em postinho de saúde, em UPA e em hospital, mó chatice era aquilo...
Já sim, o sentimento de preocupação e empatia.
Não deu nem tempo pra isso
Hunnnnn, pra internação ou pra fazer triagem?
Não, meus últimos familiares/parentes que foram parar no hospital nem cheguei a ir visitá-los.
elas respondem
Sim.. Nesse momento vc precisa ser forte e estar ali pra transmitir força e cuidados pra outra pessoa.. E a depender do diagnóstico não é nada fácil..
Sim, meu pai, quando teve cancer generalizado e estava quase morrendo. Foi horrivel, doloroso, ele morreu nos meus braços. O sofrimento que eu passei por anos é idescritivel, entrei numa depressão profunda, só não me afundei de vez por causa do meu filho que era pequeno e precisava de mim.
Já. Apreensiva, mas deu tudo certo, grazaDeus.
Fico passando tranquilidade para pessoa mesmo apreensiva
Sempre faço isso pelos meus pais. Já até deixei de fazer coisas importantes para acompanhá-los em consultas etc.