Eu não sinto nada. Nada mesmo. As pessoas choram, riem, amam… e eu? Só observo. É como se meu cérebro fosse uma máquina de cálculo frio. Já tentei me importar uma vez, mas não consegui. Acho que sou diferente. Acho que sou… perigoso. Às vezes olho para o espelho e vejo o vazio. O vazio me encara de volta. Eu rio.
Ontem, no metrô, coloquei meus fones e comecei a escutar phonk. Não deu para me conter, tive que farmar aura ali mesmo. Vim a viagem toda sem pegar em nenhum lugar do metrô, só mantendo o equilíbrio. Acho que todos ficaram admirados com isso.