Eu realmente gosto do Brasil e do meu estado; é aquilo que chamamos de lar, e sempre aprendi que devemos proteger ou lutar pelo lugar aonde queremos chegar. Considero-me patriota e dificilmente deixaria meu país, mesmo no estado em que se encontra, apenas para fugir com o rabo entre as pernas para outro, onde, muitas vezes, somos rotulados de maneiras humilhantes.
Como cidadã que conhece a história da minha terra e suas verdadeiras raízes — sem a influência da indústria cultural: folclore, artesanatos de todos os tipos, línguas indígenas, cerâmicas, culinária etc. — e também consciente da exploração e tirania perpetradas por alguns desses países citados, hoje classificados com alto IDH, muitas vezes às custas de outros, desejo, antes de tudo, vê-lo melhorar, em vez de pensar em partir imediatamente. Só em um caso crítico cogitaria migrar, e não por escolha, mas por necessidade.
Um dia, ainda quero poder, sobretudo, plantar um bom trigo no chão deste lugar, sem preocupações — pão e terra para todos; colhê-lo e comê-lo junto com uma manteiga caseira feita adequadamente, refletindo sobre a época em que o Brasil ainda não havia conquistado sua soberania.