Oi, Btrpprr.
Primeiramente, sinto muito pela sua mãe. Perdi meu padrasto para um câncer de fígado aos 17, meu pai para um câncer de próstata há 4 anos, e, há dois meses, minha mãe descobriu um câncer de pulmão, em estágio bem avançado (IIIC ou IV), ou seja, com metástase para órgãos distantes.
Era uma pessoa saudável, que não fumava, e praticava natação há mais de 10 anos. De repente, começou a tossir sangue, fez uma tomografia, encontrou um tumor cavitado no meio do pulmão direito do tamanho de uma bola de golfe. Devido à localização, não é possível operar.
Há pouco mais de uma semana, ela fez a primeira quimioterapia. O medicamento que ela pode tomar para ter uma sobrevida um pouco maior custa, no Brasil, R$ 36 mil por mês (Tagrisso / Osimertinib). Sem tratamento, ela morreria em pouco tempo, de 4 a 6 meses. Com quimio, a sobrevida média dela é de aproximadamente 1 ano, e com o medicamento, 2 a 3 anos.
Parte o meu coração ver que ela não pode fazer atividades que tanto gostava, como a natação, nem pode sair para se divertir com as amigas devido aos riscos de infecção ou mesmo de efeitos colaterais do tratamento ou da doença.
É claro que tenho outros familiares, como um tio, e avós, que vivem na minha cidade, mas nada e ninguém pode substituir ou preencher o vazio da perda de pessoas que amamos tanto. O máximo que podemos fazer é encontrar na misericórdia e no amor de Deus a esperança da cura e o conforto para seguirmos em frente, buscando honrá-los em cada uma de nossas ações.
Não queremos perder ninguém, mas todos temos que carregar a nossa cruz de cabeça erguida. Seja a melhor filha que puder para ela e proporcione a ela a melhor companhia possível no tempo que Deus nos dá experimentar o amor da nossa família.