Eu já fui ficado por uma caranguejeira que parecia um cachorro. Um escorpião me ferroou quase no meu saco. E quando era guri eu pisava toda hora em formigueiro, dói só de lembrar.
Já fui ferroado por abelha, marimbondo, formigas, que eu me lembre, afora os mosquitos de sempre.
Mas uma vez, quando adolescente, eu estava caminhando numa rua no centro de São Paulo quando senti uma leve picada perto da mão, achei estranho, olhei e só tinha um pequeno furinho vermelho, continuei caminhando, deixei pra lá. Ainda no ônibus, a caminho de casa, o meu braço começou a coçar bastante. Quando cheguei em casa ele já estava coçando muito mesmo. E eu ficava esfregando. Três horas depois, um dos meus braços parecia ter o dobro do tamanho do outro. Toda a parte interna do antebraço, desde o pulso até o cotovelo, estava completamente inchada, parecia que ia explodir. Ainda assim fiquei apenas passando álcool para tentar para a coceira. Quando a noite chegou começou a desinchar. Até hoje não faço idéia de qual foi o maldito inseto venenoso que me picou.