Discordo. Estima-se que uma mulher seja agredida a cada cinco minutos, de acordo com o que eu ouvi em uma palestra, ou cinco a cada dois minutos, de acordo com uma amiga minha feminista. Independente de qual número é o real, é alarmante e muito preocupante.
Afirmar que se trata de uma doença pode ser um subterfúgio para justificar o comportamento desordenado, doentio e desequilibrado de um agressor, um criminoso. Podem ser várias as razões da mulher em não denunciá-lo, como a esperança de que ele mude, a preocupação com o futuro dos filhos, medo do futuro e do abandono ou de ser julgada.
Agora, não sou psicólogo (isso é com a
@Kdomingos), mas é um problema a se enfrentar, tentando não apenas punir o agressor, que muitas vezes vai ser libertado logo e vai voltar ainda pior para o convívio familiar, ainda mais violento. E a mulher desiste de denunciar.
O necessário seria um confrontamento real com esse problema, sem querer adotar apenas medidas paliativas, mas com apoio material, financeiro, médico e psicológico para a família e tratamento adequado para recuperar esse homem que se tornou agressor, e avaliar os casos em que sejam necessários uma intervenção ainda mais enérgica e eficaz do Estado.