Um dos grandes aprendizados da vida é que cada indivíduo é responsável pela própria felicidade.

Tentar assumir essa responsabilidade por outra pessoa é uma tarefa impossível e muitas vezes prejudicial para ambas as partes. Ao longo da minha vida, aprendi isso de uma maneira difícil. Houve um tempo em que namorei uma pessoa que sofria de depressão. No início, não sabia da sua condição e, à medida que o tempo passava, ficava claro que ela estava enfrentando dificuldades. Por imaturidade, eu me senti responsável por fazê-la feliz, e infelizmente, ela também esperava isso de mim. Por anos, me esforcei ao máximo para ajudá-la, mas quanto mais tentava, mais ela se afundava na sua tristeza e mais eu me culpava por não conseguir fazê-la feliz.

Com o tempo, percebi que a felicidade dela não dependia exclusivamente de mim ou do nosso relacionamento. Eu insistia para que buscasse ajuda profissional, mas ela acreditava que apenas o nosso vínculo poderia trazê-la alegria. No final das contas, essa situação me afetou profundamente e acabou me levando a um estado depressivo também. Hoje, compreendo que cada um deve buscar o seu próprio caminho para a felicidade, e não espero que ninguém assuma essa responsabilidade por mim. Da mesma forma, jamais cometeria o erro novamente de acreditar que posso ser responsável pela felicidade de alguém.

Outra coisa, depressão é algo sério. Não é uma tristeza que pode ser superada com motivação ou relacionamentos. Realmente ocorre uma mudança na química cerebral. Então a pessoa com depressão precisa de ajuda tanto psiquiátrica como psicológica para superar esse quadro terrível que tem acometido tantas pessoas.