Eu expresso meus sentimentos com facilidade, na real mesmo quando eu não quero eles transbordam,

minha linguagem corporal fala, eu sou um cara muito transparente em relação isso e aceito ser assim. Tem vantagens e desvantagens, já me coloquei em situações ruins, porque não consegui ser dissimulado em contrapartida quem me conhece sabe exatamente quando eu tô mal ou para baixo, ou estou em um temperamento que eu não quero muito diálogo, os outros vão entendendo como lidar comigo porque está tudo colocado.

Eu fui muito tímido na adolescência, era extremamente introvertido, não sabia lidar com perdas muito significativas que eu tive quando pequeno, então criei um mundo interno e complexo só meu. Eu só comecei mudar isso lá pelos 17 anos e acredito que só depois dos 25 eu descobri estratégias boas para lidar com as emoções. Acho que muito graças a uma linha de psicoterapia ainda pouco explorada ainda no Brasil que chama "Terapia Focada na Emoção" ela deriva de uma linha de Terapia Cognitiva Comportamental.

Mas expressar os sentimentos e ser direto, exige muita sensibilidade com quem você está lidando, eu lido com pessoas frágeis com frequência, então tem que ter muito tato e esperar o momento propício. Em discussões de relacionamento eu aprendi muito a ouvir, paradoxalmente quem me ensinou isso foram as pessoas que menos escutam, foi ter que lidar com muitas crianças pequenas em grupos grandes.

As vezes a racionalidade tem que imperar e você tem que engolir e canalizar isso para ser sentido em um momento outro solitário e conseguir de alguma maneira conter isso em um signo. Seja dentro da psicoterapia seja fazendo arte, são essas estratégias que eu uso.

" Para ser sentido" é importante que o sentimento e a emoção devem perpassar a gente em algum momento. A gente sofre, se angústia e deprime muito mais pelo medo, fuga e repreensão de não sentir coisas ruins do que senti-las de fato. É nisso que eu acredito.