Primeiro que na Irlanda você não paga a quantidade de impostos que você paga aqui,

só isso já dá uma bela queda no poder aquisitivo do brasileiro. Outra questão é que existe uma combinação perversa: moeda fraca + salários baixos. Essa resulta em mais uma queda no poder de compra, uma vez que num mundo globalizado de hoje, você precisa importar determinado bens que serão mais caros aqui decorrente da moeda fraca e os salários baixos.

Para resolver isso, você tem três opções das quais nosso estado não está trabalhando pra resolver.

1° reduz os impostos ao máximo para facilitar os negócios e evitar que as pessoas paguem mais caro pelo mesmo bem ou serviço. Além disso, facilita para as empresas pagarem salários melhores, uma vez que custa caro contratar alguém no Brasil.

2° valorizar nossa moeda, o real, a fim de facilitar as importações e tornar os produtos mais baratos. O governo, por uma questão de lobby, mantém a moeda fraca para ajudar os exportadores, sobretudo do agro. Porém, ele prejudica o resto da população, pois uma desvalorização forte da moeda local, também prejudica as indústrias de importar insumos de outros países para a fabricação de novos bens. Isso também se esbarra no primeiro problema, uma vez que ele teria que reduzir os impostos para tornar nossas empresas mais competitivas num cenário internacional.

3° aumentar os salários, porém, para fazer isso, exigiria do estado um forte investimento público e privado nas áreas de educação, pesquisa e tecnologia para elevar a nossa produtividade e, consequentemente, a renda. Em países como a Dinamarca, embora os impostos sejam elevados, e a moeda local seja relativamente desvalorizada, os salários são muito altos decorrente do altíssimo nível educacional, de sua infraestrutura invejável e de seu polo industrial altamente desenvolvido, o que dá ao povo um salário relativamente confortável, convertendo em dólar, algo em torno de 2500 dólares, enquanto no Brasil, os salários estão por volta de 500 dólares