Apenas acho que seja uma ideia que não faz sentido, tanto que foram estabelecidos milhares de deuses, um totalmente diferente do outro. Acho que se você definir uma divindade como um sujeito, vai acabar entrando em contradição, pois todo sujeito age, e para negar que age, o sujeito já está agindo, se não age, não tem nenhuma influência nem sobre os outros seres, nem sobre si mesmo, logo, não haveria o que o diferenciasse de algo que não existe. Se ele age, ele exerce interferência, e suas ações são limitadas dentro das características dessas interferências, então seria um ser limitado, igual a todos nós, não fazendo sentido diferenciá-lo como uma divindade, e qualquer um de nós poderíamos ser uma divindade nesse sentido, com limitação, pois também agimos e interferimos, e isso define as nossas limitações. Não existe ser acima da racionalidade. A interferência existe mediante escassez, limitação, não ocorre sob abundância. Ora, a mente existe apenas em primeira pessoa, então ela não pode ter sido criada, como se fosse algo da terceira pessoa, ninguém pode decifrar as suas ações além de você, caso isso fosse possível, você seria meramente um robô, inconsciente de suas ações e agindo o tempo todo de forma controlada. Então não há como uma mente ter criado tudo no universo, já que é impossível criar uma mente, e ao menos eu tenho uma mente. Por mais que pareça imprevisível, jamais irei ser capaz de decifrar se os outros são robôs, ajo na probabilidade de poder estar machucando alguém sem ter a certeza absoluta disso, sabendo as probabilidades disso, pelo comportamento imprevisível dos meus companheiros em relação a uma mesa ou a uma cadeira. Imagino que a entidade necessária do universo, que é a causa de tudo são as mentes interagindo entre si. Imaginar uma divindade soa até como um planejamento central de tudo.