Por que quando estão cursando medicina ou enfermagem, muitos dizem fazer por amor e no hospital tratam mal?

Só vou comentar a parte da demora, mesmo, porque me sinto obrigado.

Aqui no hospital, que é Pronto Socorro e porta aberta (qualquer um pode ser atendido, desde que seja urgência ou emergência), tem escalas que não são preenchidas. Ou seja, sempre tem 1 ou 2 médicos pra atender mais de 120 pessoas na clínica médica, por dia. 3 cirurgiões pra atender 30-40 pessoas. Fora os pacientes da ala vermelha e amarela, seções estas que quase sempre chamam o médico em caráter de emergência.

Aí chega seu José. Seu José, analfabeto, está com dor na boca do estômago, irradiando para as costas e abdome, há 6 horas. Tenta explicar à triagem, mas só consegue murmurar algumas palavras. Porém, antes de atender seu José, temos de atender Josefa, que está com unha encravada. Ou Maria, que se sentiu tonta mais cedo. Ou Carlos, que colocou um grão de feijão no nariz. Ou João, que está com dor nos olhos faz duas horas. Ou Lúcia, que vomitou há 15 horas. Ou Marcos que está com dor de cabeça.

Resultado disso: seu José desmaia na recepção, é levado às pressas para a ala vermelha. Seu José tem úlcera perfurada e está em sepse. Seu José morre nas minhas mãos, depois de 45 minutos tentando reanimá-lo. Nem na sala de cirurgia conseguimos colocar.

Mas porque dona Josefa reclamou do atendimento demorado, Lúcia prometeu fazer ouvidoria contra a triagem, Maria escandalizou pela sala de espera, não soubemos do caso de seu José antes.

Todos os dias, todas as horas, as pessoas procuram o pronto socorro pelas situações mais banais possíveis. Um serviço que deveria ser de urgência acaba virando ambulatorial. E isso onera quem deveria estar trabalhando para atender as urgências, onera a população que vê pessoas com casos triviais passarem à frente de casos mais sérios e, por fim, onera todos nós como sociedade.

E adivinha só? Se falamos que não podemos atender, nos filmam e nos colocam na internet. Pronto, podem me chamar de corporativista.

Vou te falar o que acontece: são corrompidos pelo sistema. Hospital é terra sem lei , ali você tem os médicos que se acham os suprassumos da saúde que não respeitam protocolo. Os enfermeiros que ganham pouco ( é a segunda classe trabalhista em termos de número ) e não possuem teto salarial , tem que fazer de tudo até o que não é da alçada deles ( problemas administrativos ) , alta carga de trabalho , paciente mal educado , falta de recursos etc.... além do fato de vc ver mazelas variadas todos os dias, teu mental como defesa vai criar mecanismos de resistência para que você não sofra , daí vem a frieza .
Eles até saem da universidade com bons propósitos ,mas vão se corrompendo com o passar do tempo.

Eles fazem esses cursos por status. Principalmente medicina. Médicos da rede privada costumam ser bem pagos. Sem falar daqueles da rede pública que tem consultórios.

O jeito é deixar uma reserva para ir no médico particular, se bem que é uma bosta também, na hora que percebem que tu é pobre já fazem uma cara de bosta.
Tem médico que nem olha na cara e já vai dizendo que tu tem virose, se bobear a pessoa tá com os sintomas de câncer e o médico dizendo que é só tomar antibiótico e xarope que passa.

Filha quem faz medicina normalmente é de classe alta.
As vezes nem faz o curso por que quer e sim por que a família põe pressão.
Tenho um amigo que foi obrigado pelo país a cursar medicina. Hoje ele faz administração porque já paga as próprias contas, mas pretende largar a medicina assim que se formar em administração.
É tudo por status a maioria 90% desses formados não está nem ligando pros pacientes.

Verdade

Não fazem por amor, salvo raras exceções, estou falando de médicos no caso, porque acho que enfermagem até que a pessoa faz por amor sim, mas se ve que de repente a vida ficou muito estressante, com uma responsabilidade e pressão muito grandes por estarem lidando com a vida alheia, pode ser que o desgaste acabe levando a um certo desgosto, mas não deveriam manifestar isso com seus pacientes, eles não tem culpa por uma escolha com a qual voce não conseguiu lidar muito bem.

Porque é legal postar fotos no Instagram com jaleco.

Status simplesmente

que ironia vc mencionar bem sobre o hospital da unicamp. essa semana mesmo estava ouvindo a historia de um amigo contando sobre o caso de um conhecido dele, q levou o pai pro pronto socorro da unicamp, passou pela uti, tudo isso, e é tanta coisa que aconteceu, que nem cabe contar aqui, mas a impressão final dele foi "mataram meu pai".
que mais? um senhor que veio de outro estado com dor na perna, esperança de ser tratado na unicamp. chegou lá, simplesmente falaram que tinha que amputar a perna.
agradeça por ter dado tudo certo com seu avô. o hospital de lá não é mais como já foi uma vez. toda a região encaminha gente pra lá, até outros estados, e tem ficado saturado de gente, logo, natural que caia a qualidade.
por essa e outras q peço a deus nunca precisar ir parar num hospital por um problema sério.

Todas as profissões estão com profissionais babacas, o ruim com a medicina é que isso pode matar, o mal atendimento parece ser regra. Médicos que não saem do whatszap, os que não analisam os sintomas profundamente, fora os recorrentes casos de virose (teve um caso aqui no Rio no qual um homem levou uma pedrada, e ao invés de pedir exames falaram que foi virose), nada diferente nesse grande Brasil. Moralidade, respeito e comprometimento são jogados ao vento.

É questão de caráter mesmo

Estatização e popularização do ensino superior dá nisso aí: hierarquização de cursos, conferindo status a um estudante qualquer de Medicina, Direito ou Engemharia.

Também queria entender, tem uns que não olham nem pra pessoa

Palavras de um medico amigo meu: médicos são arrogantes pq passam a juventude toda estudando e se enfiando em hospital. Passam anos ouvindo que são elite, que ninguém aguenta a carga de estudo que eles aguentam. Aos 30 estão com a vida ganha, mas tem uma cabeça de merda. Guardaram nomes de doenças, entendem de procedimentos, mas não sabem nem de gente nem de sofrimento.
São arrogantes sim pq muitos são subservientes a eles. Vir a um ciclo vicioso.

Trabalhar só por amor não garante nada, a rotina desses lugares é desgastante, geralmente as pessoas não são bem remuneradas, condições de trabalho precárias , fora que trabalhar com o publico é desgastante, outros motivos são a estabilidade dos concursados...enfim vários motivos

Ngm faz nada por amor..tenho ranço dessa frase. A area da saude nao pode ser vista como caridade me refiro principalmente a enfermagem...a gente escolhe ser pq twmos conhecimento cientifico pra tal.
Em toda profissao ha babacas..o sistema é mto cruel principalmente com a enfermagem porem o paciente nao tem culpa disso..falta empatia..se colocar no lugar do outro..contudo tem mta gente boa trabalhando brilhantemente pra ajudar aos que chegam enfermos.
Nao podemos deixar que alguns profissionais ruins facam dessa profissao ( enfermagem) ruim.

Enfim..é isso.

mas isso ocorre em tds as profissões, claro não são tds que atendem mal.
Essa história de: ''insira qualquer área aqui' ' por amor. Eu acho bem forçada, mas cada um é cada um.

Eu sou totalmente contra essa merda de dizer blablabla por amor.

Eu faço pedagogia e isso é muito comum no meu curso,isso é coisa de redes sociais, as pessoas usam um linguajar afetado ou muito raivoso.

Não gosto de tratar profissões com sentimentalismos baratos,é muita hipocrisia

é pq o curso é muito bom mais a realidade do hospital é diferente é estressante