Minha perda de fé começou quando descobri que papai Noel não existia
“A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade
e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas ‘ciências conforme a nossa
vontade’. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim,
ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas porque diminuem a
esperança; as coisas mais profundas da natureza por superstição; a luz da experiência por
arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do
vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos
colorem e contaminam o entendimento.”