Sim, é um movimento cultural. A simplicidade das músicas mostra uma parte do Brasil que a maioria prefere nem conhecer, que são as favelas, as letras refletem o dia a dia de quem vive nessas comunidades, e o fato de as músicas terem apenas as famosas "batidas", é reflexo de ser música feita por gente que não tem condições de comprar instrumentos, acompanhar tendências musicais fora da comunidade, passar por escolas de músicas e etc.
Por exemplo, você tem o movimento do rock no Brasil anos 1980, com letras mais elaboradas e muito mais instrumentos musicais nas músicas, isso foi reflexo direto da formação que os músicos tinham, muitos universitários, pessoas de classe média com condições de ir morar fora do país e trazer de lá muito conteúdo novo na época.
Eu não sou um cara que escuta funk direto, só em festas pra curtir. Mas sim é cultura. Interessante como a capoeira já foi até considerado crime na monarquia. Samba, choro e rap. Interessante tudo da cultura dos pretos. Todas são marginalizadas. A questão do gosto, estético e desconforto pode ser subjetivo. Mas não o suficiente para dizer que funk não é cultura. Um pouco do preconceito vem por racismo. Mas principalmente pelo o falso moralismo. Grécia antiga e outras sociedades já tinha obras de artes mulheres e homens nus, Vietnã mesmo umas das maiores escritoras era obscena e erótica. O problema do ocidente em geral que o Cristianismo e seu moralismo tem que está acima de todos e visto como superior. O resto é ruim e imoral.
Funk é bom demais
"Manto do timão, tô chavão, tô chavão, né?
Vou te explanando a visão no pião de a pé
Vivenciei situação, tô firmão, né?
Gavião no rasante, loco é nóis, muita fé"
Não gosto muito,mas sendo musica ruim ou não,é musica como as outras.
A definição de cultura não tem nada a ver com essa ideia de que o que é bom e faz a gente pensar é cultura,não
É cultura brasileira com certeza. Nasceu assim como o samba e cresce exatamente da mesma forma que o reaggeton nos países espanohablantes.
Os instrumentos, ritmos e letras refletem as raízes periféricas da sociedade.
Não curto, respeito.