A cerca de dez anos atrás, discutia-se no ambiente de trabalho a licença de funcionários por apresentarem quadros depressivos, discutia-se muito em administração a nova tratativa e o desafio para lidar era algo novo, o clima organizacional tinha maior relevância pra lidar e prevenir tais doenças, o bem estar do funcionário estava em pauta mais do que nunca. Mas por que? Qual o motivo dos casos cada vez maiores? Na sua opnião qual desta era ser tão depressiva, e desta geração ser tão deprimida?
Pior que é mesmo hoje mesmo estava lembrando de alguns casos de suicídios na minha cidade e a maioria são sexo masculino, por questão de depressão, acredito que seja essa pressão sobre a vida, a autorrealização não alcançada em vários campos de nossa vida, ontem estava vendo um podcast o entrevistador dizendo que achava que estava com depressão e fez exames e tals e no final o médico disse o que ele tinha era falta de vitamina D no corpo dele.
É fácil para as pessoas culparem a criação. Se esse for o problema, a culpa é da geração passada, que tem essa culpa por causa da outra geração passada. É um ciclo infinito.
Comento com algumas pessoas, que argumentam que antigamente não existia depressão.
Mais um erro. A depressão é conhecida desde os tempos bíblicos, com o profeta Elias tendo sofrido com essa doença terrível. (Então também não é falta de Deus, sendo que Deus falava com Elias)
A diferença que antigamente era mais acobertada a depressão, e quando alguém tirava a própria vida, quase sempre se mudava o motivo da morte, para alguma doença por medo dos julgamentos alheios, e quando não se escondia, se tentava esquecer o mais rápido possível.
Na minha opinião, como educador, creio que o problema atual da sociedade são alguns:
Imediatismo: Queremos tudo para ontem, e com isso construímos ideais e objetivos fracos, que quando percebemos, não trazem sentido a vida.
Liquidez das relações humanas: Um derivado do imediatismo, queremos relações fortes e duradouras, mas não nos empenhamos, e no menor sinal de instabilidade, pulamos fora e a substituímos. Pessoas casam já pensando em se separar (Partilha de bens e blá blá).
Cultivo de depressão: Infelizmente, esse pra mim é o fator mais alarmante; criou-se uma cultura em volta da tristeza como algo épico, basicamente como o sentimento mais experenciado e que você sentir te faz diferente da nossa sociedade "alegre"
Por fim, a banalização da depressão e de distúrbios mentais.
É comum ver as pessoas comentarem que estão deprimidas ou ansiosas, quando na verdade não estão. E essa banalização faz com que banalizemos as pessoas que realmente estão com quadros depressivos. Basicamente a depressão e ansiedade viraram coisas tão comuns, que é estranho você não ter, ou ao menos, dizer que não tem.
O isolamento social causado pela internet que traz uma falsa sensação de socialização sem ter um real contato humano e o excesso de escolhas/liberdades (que causa uma ausência de propósito e identidade, é uma forma mais complexa do paradoxo da escolha) também causado por internet.
Capitalismo selvagem que implica numa sociedade de alto consumo de bens fugazes, super-valorização do trabalho e do êxito financeiro em decorrência disso e cobranças duras em cima daqueles que não conseguem se inserir no mercado de trabalho e nadar no mesmo ritmo desse modelo de vida ideal. E tudo isso adoece a saúde mental das pessoas, o que leva as indústrias farmacêuticas faturarem muito com a venda de fármacos e pessoas tão fragilizadas mentalmente que recorrerão muitas vezes ao suicídio como único método escapatório.
Perca de valores, excesso de informação pela Internet e facil acesso à tudo. As coisas foram perdendo o sentido, as energias negativas absolvida pelo fácil e rápido contato