anônima
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18/02/2023 08h16
Antes de qualquer coisa, essa não é carta suicida. É carta de sentimentos.
Peço para que o leitor não mande quaisquer palavras de autoajuda ou de preocupação. Se por outro lado, interessar-se em criticar e dizer sua sincera opinião à respeito de todo exposto será mais que bem-vindo.
AVISO: Tema sensível. Possui sérios problemas linguísticos e pessoais.
O texto a seguir foi retirado de um canto escuro da minha existência.
Voce é tão patética que dói. Dói o seu coração, dói o olhar de quem vê. Entretanto, nunca doerá tanto em um outro quanto dói em você.
Você corre pra lá, corre pra cá. Fica se envolvendo em situações que você mesma cria. Foi sempre assim. Já na primeira infância era tão impotente o tédio. Não havia refugio, senão, o refugio manifestado no mundo dos sonhos.
Por conseguinte , você foi se enredando como um gato que se enrosca no novelo. Tomou gosto pela melancolia e é ela que sustenta todos os pilares das coisas que doem dentro da redoma corpórea.
Antes de dormir, você diz a si mesma: “Eu não quero acordar nunca mais; eu não quero ver o sol se pôr; eu não quero que a luz acorde. O momento do sono, a forma em que reconfortante se faz a morte. É como abrir as portas para um novo mundo. Um mundo do qual eu posso viver. "
De que forma eu existo se eu só vivo dormindo?
—Tenha respeito pelos mortos! , —a voz ,indeterminada, certa vez ressoou por algum lugar em meus ouvidos. De fato, a morte me cai bem tal como as cores pútridas.
Afinal, o que melhor poderia vestir um cadáver?
É no ar ou na terra onde devo fincar o significado dessas palavras?
Abraço as chamas. Pois em vida ardi, como ardi! Incendiei de dentro para fora.
Meus melhores momentos são os de profundo sofrimento. A felicidade nunca me serviu bem.
Se os sorrisos não podem preencher meu coração e minha face que, pelo menos, as lagrimas sejam contempladas.
2023, ano para sonhar.